17/03/12
(...)
Meter-se dentro de alguma coisa fazendo das palavras recurso é ingrato. Contar de lugares, de cheiros, de olhares e do que se nos mete na pele no momento em que o vivemos deixa não só a certeza da parcialidade das coisas, mas também um pequeno vazio dentro, esse da verdade que acabámos de assassinar. Morta para sempre. O relato é tão falaz como a memória.
13/03/12
ideias de outro lado
Pode viver-se de forma contínua, pode viver-se em fotografias. Um momento aqui, outro ali. Pedaços congelados de realidades incompletas que formam memórias pensadas.
A memória profunda é outra, não se pensa. Memória daquilo que somos, do som eterno da vibração própria. Essa é contínua, flui sem cessar, como o sangue que corre e corre e corre...
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